Veículos elétricos cada vez mais presentes na mídia

Há cerca de um ano e meio comprei meu BMW i3. Na época, já se falava muito em carro elétrico no mundo. E pouquíssimo no Brasil. Após esses 18 meses, no entanto, veículos elétricos em geral, e carros elétricos em particular, são objeto de reportagens e matérias diárias em países da Europa e Estados Unidos. E se tornaram cada vez mais presentes na pauta da mídia nacional também.

Durante o 13º Salão Latino-Americano de Veículos Híbridos-Elétricos, realizado na segunda quinzena de setembro, além da cobertura feita por diversos portais de conteúdo, revistas e jornais, a rede Bandeirante fez uma breve matéria sobre o assunto que foi ao ar no seu jornal noturno. No destaque, nosso colega Ricardo, um dos brasileiros que reservaram o Tesla Model 3, depositando não apenas U$ 1 mil na conta do Mr. Elon Musk mas, também, depositando a esperança de contribuir para que a mobilidade elétrica seja uma realidade no nosso país. Faço parte dessas poucas centenas de brasileiros que reservaram seu Model 3. Nem sei se vou ter dinheiro para comprá-lo quando, finalmente, chegar ao nosso país. Mas queria ajudar de alguma maneira e, se não puder comprar, recebo de volta o dinheiro da antecipação. Para assistir à matéria, basta clicar na imagem abaixo.

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Matéria da Rede Band. Veículos elétricos estão cada vez mais presentes na mídia.

Após a Bandeirante abordar veículos elétricos, no mês seguinte o programa AutoEsporte, da rede Globo, também colocou os veículos elétricos na pauta. Desta vez, pelas informações que recebi da produção do programa, a idéia era dar foco na sustentabilidade, auto-suficiência e economia. Como já havia participado de outra matéria sobre manutenção programada pelo próprio veículo, no ano passado, me disseram que não poderia participar dessa. Mas, nossos presidente e secretário da ABRAVEI, respectivamente, Edgar e Leonardo, seriam personagens perfeitos para a matéria. O Edgar, pelas contas na ponta do lápis sobre a economia do elétrico versus convencional; e o Leonardo, por ser  auto-suficiente em geração de energia, já que possui usina solar fotovoltáica na sua residência capaz não apenas de abastecer seu carro mas, também, toda demanda doméstica.

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Em primeiro plano, Edgar e seu i3. Atrás, o piloto César Urnhani, do AutoEsporte, preparando para carregar um BYD no eletroposto do Graal do km 56 da Rodovia dos Bandeirantes.

Apesar de não aparecer na matéria, ajudei a produção do programa a identificar que alguns veículos elétricos que haviam conseguido para ilustrá-la, no caso um Fiat 500e e um Kia Soul BEV, não eram compatíveis com a maioria das estações de recarga disponíveis na cidade de São Paulo. Isso porque usavam o padrão norte-americano para cargas de corrente alternada e o que temos no Brasil é o padrão europeu. E, assim, indiquei a Neo Solar, empresa que vende carregadores para carros elétricos e, também, um cabo adaptador que permite que o padrão americano seja conectado ao padrão europeu.

Fiquei muito satisfeito por ter ajudado e, também, por termos mais porta-vozes falando sobre mobilidade elétrica num programa de tanta audiência como o AutoEsporte. E a previsão do Andy Warhol, sobre os 15 minutos de fama, se confirmava com meus colegas abraveianos. No entanto, não é que a produção do AutoEsporte me procurou de novo? Agora, a idéia era que eu falasse sobre a ABRAVEI e o que nos motivou a criar a associação. E isso a bordo do meu i3. Combinamos cedinho no estacionamento do Shopping Vila Olímpia, que conta com uma vaga para carros elétricos com Wallbox (carregador semi-rápido da BMW) no Vallet. Pra minha sorte, esse shopping fica a duas quadras de distância da Dinamize, empresa em que trabalho, o que não atrapalharia minha rotina profissional.

Chegamos – eu e a produção do programa – no horário combinado. E, surpresa: eles tinham levado o Fiat 500e. Prepararam meu carro, instalando duas câmeras dentro dele, fizeram tomadas dele sendo carregado e, então, partimos para umas voltas no entorno do shopping.

O produtor fazia perguntas, mas não aparecia. E eu ia respondendo, um olho no trânsito e outro no produtor…. epa. Não pode olhar pro produtor e nem para a câmera. Gravemos novamente.  😉

A van da produção do programa ia à frente, fazendo tomadas externas do veículo em movimento. E, com um rádio HT, me davam as orientações: “- Ultrapassa pela direita, fica atrás a uns 2 metros, vira aqui, vira ali, mais uma vez…”. E deu tudo certo. Sugeri ao produtor que ele perguntasse se carro elétrico era coisa para quem tem dinheiro. O objetivo era encaixar a frase sensacional, cunhada pelo colega Leonardo, de que “carro elétrico é coisa de pobre”, por economizar horrores no custo do combustível e na manutenção. E assim foi feito. Se vai sair na matéria, não sei. Afinal, o programa é relativamente curto e, então, é comum que a maioria do conteúdo gravado seja cortado na edição. É mais ou menos assim: grava-se duas horas para sair 2 minutos. Tomara que os dois minutos sejam os nossos melhores.  🙂

De volta ao estacionamento do shopping para que a produção desarmasse o “circo” todo, não resisti: pedi para dar uma volta no 500e. Ali mesmo, no estacionamento. E deixaram. E que legal: o 500e arranca como um foguete. Mesma sensação de arrancada que tenho no i3. E é muito bom de dirigir: direção leve, arrancada e retomada vigorosas, bom raio de curva. Só estranhei que, ao selecionar D ou R, o carro já anda sem pisar no acelerador,  semelhante a um carro à combustão com câmbio automático. No caso do i3, o carro não anda, mesmo “engatado”, se o motorista não pisar no acelerador.

A matéria do AutoEsporte deve ir ao ar ainda em novembro, provavelmente na segunda quinzena. Mas, por não ser uma matéria com “data de validade”, é possível que seja exibida mais adiante. Tudo depende das pautas que surgirem até lá. Aguardo ansioso. Essa vai pro baú e, daqui a uns 30 anos, orgulhosamente mostrarei aos meus netinhos.