Muitas novidades e um jejum imperdoável

Faz tempo que não escrevo. Imperdoável. Neste ínterim, muita coisa aconteceu e vou resumir aqui, compensando meu silêncio.

Mas, primeiro, um alerta. O post que fiz antes desse, também hoje, traz uma importante retificação sobre a devolução de parte do IPVA pago em São Paulo. Vale a leitura aqui.

Mas, agora, vamos às novidades.

Pandemia de insanidade

Primeiro, nosso grupo de proprietários de BMW i3 (e um que possui um Outlander PHEV) está muito ativo. E aumentando. No mês passado, um colega nosso, o Silvio, comprou um dos raros BEVs (BMW i3 puramente elétrico) que a BMW trouxe ao Brasil. Outra colega, a Michele, também comprou um i3 REx. É…os malucos se proliferam.

img_5437
Eu, Leonardo e Edgar. Se passar uma ambulância, leva todo mundo para o hospício.
img_5438
Nossos bólidos.

Finalmente, o ponto de recarga no Shopping Boa Vista

Pois é. Depois que consegui falar pessoalmente com as meninas do marketing do Shopping Boa Vista, a Tayná e a Márcia, a coisa andou. Com a iminência do Natal, a inauguração do ponto de recarga no shopping foi no final de janeiro. Logo que testei, levei um susto. Em poucos minutos após iniciar a recarga, o Wallbox desligou. Na verdade, o disjuntor estava subdimensionado, o que foi resolvido em dois dias pelo pessoal do shopping. Muito obrigado, meninas!

Ah, sim: o ponto está cadastrado no APP Plugshare e fica no estacionamento do primeiro subsolo, bem ao lado lavagem ecológica.

img_5345
Tayná, Márcia e eu no mais novo ponto de recarga de São Paulo.
IMG_5278
Wallbox Pure instalado no Shopping Boa Vista. Troquei meu PRO por este com um amigo, pois é mais simples de operar.
img_5435
O i3 da Michele e o meu. Nós dois moramos bem pertinho do shopping.

Ah, esses pneuzinhos….

Sexta-feira de manhã, e estava eu indo para uma reunião de trabalho quando, de repente, começa um barulho estranho ao rodar. “Poutz: pneu furou”, pensei. Mas ainda tive que rodar uns 100 metros até achar um local para estacionar o carro. No caso, um posto de gasolina.

Foi sem aviso. Simplesmente, esvaziou-se por completo. E o motivo foi um rasgo na lateral. Esses pneus do i3, em especial os de aro 20 e perfil mais baixo que equipam as versões Full do veículo, são ótimos….para ruas europeias e americanas. Mas, a qualidade do calçamento da capital paulista é abaixo de péssima.

Por sorte, o pneu pôde ser consertado, por meio de vulcanização. Por mais sorte ainda, havia uma borracharia a 20 metros de onde estacionei. E que fez o serviço no mesmo dia, pois tinha uma viagem para a Atibaia no final de semana.

A única parte boa do infortúnio foi ter conhecido a Michele. Foi engraçado, na verdade. Estou lá eu, negociando com o borracheiro o tamanho da facada, pois chegou a dar uma leve entortada do “ombro” da roda que também foi consertada, e uma moça nos olhando.

Como a conversa não terminava (borracheiro duro na queda pra negociar), a moça interrompeu, pedindo licença. Achei que ela queria falar com o borracheiro. Mas queria falar comigo. Disse que viu meu carro parado, que gostava do modelo e queria pedir informações.

Resumo da ópera, a moça se chamava Michele, entrou no nosso grupo de WhatsAPP e, em uma semana, comprou um BMW i3. Tudo por nossa “culpa” ao desmistificar o carrinho. A Michele acabou com nosso Clube do Bolinha. 🙂  Bem-vinda, Michele!!

Sobre os pneus, entrei em contato com a Bridgestone para pedir que tragam alguns jogos para o Brasil, pois eles só são encontrados nas concessionárias BMW e a preços beeeeem salgados.

img_5334
Pneu totalmente murcho.
img_5335
Por sorte, o corte na lateral pôde ser consertado por meio de vulcanização.

Ponto de recarga em poste de iluminação

Meu amigo Wallace avisou: passou pela rua Bela Vista, próximo ao consulado americano, e viu um táxi da marca BYD carregando na rua, num carregador instalado no posto de iluminação. Pela foto, um carregador tipo 2, compatível com nossos i3 brasileiros, que são da versão europeia.

Passados alguns dias, tive a oportunidade de ir lá conferir no último sábado. E, estava lá, instalado em um poste, sem nenhuma identificação mais visível, nenhuma placa, nada.

Resolvi testar. E funcionou perfeitamente. E de graça. Detalhe: o wallbox entrega até 7kW. Esse carregador na rua, também da marca BYD, entrega 40kW. A diferença do diâmetro do cabo entre os dois carregadores é gritante. O da BYD parece uma mangueira de bomba de posto de combustível.

Uns 5 minutos após começar a carregar, chegam duas viaturas da polícia. Levei um susto, pensando que seria repreendido por usar o equipamento. Mas, caramba, não tem nada dizendo que é proibido ou que pertence a alguma empresa. Para meu alívio, foi apenas curiosidade. As viaturas foram atender uma ocorrência próxima ao local, me viram, e alguns policiais ficaram curiosos.

Eu só torço muito para que o equipamento não seja alvo de vandalismo, pois está totalmente vulnerável. E o que não faltam na cidade, e no país, são FDP que vandalizam e depredam tudo o que vêem pela frente.

img_5427
Carregador de 40kW (quase 6x mais potente que o wallbox) no poste de iluminação da rua.
img_5430
Carregando na rua. 🙂
img_5429
Carga completa. E rapidinho.
img_5432
Com direito a escolta policial.

Devolução da quota-parte do IPVA: esclarecimentos

Para quem lê meu blog, um pedido de desculpas. O post que fiz no ano passado sobre a devolução do IPVA por parte da prefeitura estava incorreto.

Vamos aos esclarecimentos:

  1. Em agosto de 2016, o então prefeito Fernando Haddad assinou o decreto 57.209. Esse decreto determina que a prefeitura de São Paulo devolverá 40% do valor do IPVA para proprietários de veículos elétricos, híbridos e movidos a hidrogênio emplacados na capital paulista.
  2. O IPVA é um imposto que, no estado de São Paulo, normalmente é de 4% para veículos de passeio. Mas, para veículos elétricos e híbridos, o percentual de imposto é de 3%. E isso não tem nada a ver com o decreto da prefeitura. É uma determinação do estado.
  3. Do valor total do imposto, metade fica com o estado e metade com a prefeitura de São Paulo, no caso de carros emplacados na capital paulista, obviamente. Só que a prefeitura não vai devolver o que chama de “quota-parte” integralmente. Ou seja, seus 50% do total do IPVA. Vai devolver o equivalente a 40% do total do imposto. Pegadinha do malandro, hein?!? Assim, por exemplo, se o total do IPVA pago foi de R$ 1 mil, a prefeitura deve lhe devolver R$ 400, e não R$ 500.

Agora, vem a parte triste: em fevereiro, entrei com o processo para receber a quota-parte a que tenho direito. O processo foi para a Secretaria do Verde e Meio-Ambiente. E, hoje, um mês depois, está totalmente parado. Liguei para a secretaria e fui informado de que ninguém, repito, ninguém recebeu a tal devolução. Isso vale para os proprietários de Fod Fusion Hybrid, Toyota Prius e Mitsubishi Outlander PHEV que, com certeza, são muito mais numerosos do que os desbravadores proprietários do BMW i3.

Segundo o que informaram, a “Secretaria de Finanças” do Município, cujo nome oficial é Secretaria da Fazenda, é quem deve repassar o dinheiro para a Secretaria do Verde e Meio-ambiente e essa, por sua vez, fará o repasse a quem tem direito. Mas não há nenhuma previsão disso acontecer. Uma vergonha e palhaçada que só prejudica o desenvolvimento da mobilidade elétrica numa cidade tão carente disso como São Paulo.