Com a carga toda!

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Uma das vagas para veículos elétricos no Condomínio Vila Olímpia Corporate

Hoje pela manhã estreei a vaga para carros elétricos que o condomínio Vila Olimpia Corporate, onde minha mulher trabalha, disponibilizou. Aliás, já preparam duas vagas com tomadas de 20A e 220V, reforçando ainda mais o posicionamento de edifício sustentável, já que o condomínio possui a certificação Green Building, concedida pela US Green Building Council (USGBC)

Infelizmente, a perspectiva de instalar uma tomada em minha garagem ou, mesmo, o carregador de parede em meu condomínio residencial é praticamente nenhuma num cenário de curto ou médio prazo. E, como eu vou receber de brinde o Wallbox até o dia 15 de julho, de acordo com a BMW, fiquei pensando o que fazer com ele, já que não me interessa vendê-lo.

Assim, fiz contato com o posto Shell praticamente em frente do meu condomínio. Falei com seu proprietário, o Sr. Antonio, sobre o carregador, tempo de carga e consumo. Propus bancar a instalação do Wallbox e pagar pelas recargas que eu fizer. E o posto, em contrapartida, cederia o espaço e ganharia um bom apelo de marketing. Provavelmente, será o primeiro posto na capital paulista com estação de recarga para veículos elétricos. Eu não conheço outro, pelo menos.

No início desconfiado, o Sr. Antonio concordou. O receio dele, que depois me explicou, é sobre algum ato de vandalismo ao veículo durante o tempo em que estiver carregando. Bem, isso é um risco que eu terei que assumir e, inclusive, prever no contrato de comodato que pretendo fazer para a cessão do Wallbox.

Outra alternativa, é conversar com a administração do Shopping Boa Vista, que fica a uma quadra do meu condomínio, e propor a mesma coisa: instalar um ponto de recarga. Com certeza há mais segurança no shopping, porém o estacionamento do shopping fecha às 23h, enquanto o posto Shell funciona 24 horas.

Bom… vou aproveitar as férias e pensar a respeito da melhor decisão, supondo que a administração do Shopping também tenha interesse. Espero que quando retornar, o Wallbox já esteja disponível e, então, será a hora de procurar um prestador de serviços habilitado para sua instalação, seja onde for o local a ser definido.

Ah, sim. Já ia me esquecendo de um fato importante: hoje pela manhã, frio em São Paulo, liguei o ar quente. O i3 estava no modo de condução Eco PRO (de consumo intermediário). Ao ligar o ar quente no máximo, a autonomia prevista reduziu em cerca de 17 km. Ainda não fez calor para usar o ar condicionado no modo frio, mas o conforto do calor exige tem seu preço. Quando esquentar um pouco, vou descobrir o quanto o A/C frio rouba de autonomia e informo aqui.

Houston…we have a problem

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Inesperadamente, o airbag resolveu apresentar um problema com menos de 500 km rodados.

Ontem, graças a uma cortesia do amigo e cliente Marcio Marçola, fui assistir ao jogo do São Paulo e Sport no camarote Stadium, no estádio do Morumbi. Aliás, muito obrigado, Marçola.

Fomos eu e um colega da Dinamize. E como sempre se espera muito trânsito no entorno do estádio, resolvi deixar o carro no estacionamento do Shopping Morumbi e matar dois coelhos com uma cajadada só: conhecer o posto de recarga do shopping e deixar o veículo num lugar seguro. Como o Shopping fecha o estacionamento para entrada de veículos às 22h, mas permite a saída a qualquer horário, seria perfeito. Do shopping ao estádio iríamos de Uber.

Encontrei a vaga que, para nooossa alegriaaaa, fica em um local comum no piso G2, não na área de Valet como no Shopping Vila Olimpia. Estaciono, conecto o carregador ao i3 e…nada. Nem uma luz no carro ou no Wallbox (carregador de parede da BMW) acende. Aviso a caixa do estacionamento e, em 10 minutos, chega um funcionário do Shopping. Confere que não está funcionando e chama o eletricista. Passam-se mais 15 minutos e chega o eletricista. “- Deve ser um disjuntor desligado”, arrisco eu. Bingo! O eletricista vai até o quadro de luz e liga o disjuntor. “- A gente deixa desligado por segurança”, diz ele.  :-S

Veni, vidi, mas o tricolor não vici, pois empatou num jogo morno que acabou em 0 x 0. Voltamos ao shopping Morumbi e pegamos o i3 com carga total. Ao meu colega entrar no carro e fechar a porta, surge um alerta no meu painel (foto inicial do post). Pensei tratar-se de algum “bug”. Desligo o carro, abro e fecho a porta, e nada.

Hoje pela manhã, acionei o serviço de concierge / teleserviço da BMW, pela linha telefônica do próprio i3. E recebi a orientação de ir à concessionária, mesmo sem agendamento prévio, por se tratar de um item de segurança. Fui prontamente atendido pela Autostar, onde deixei o carro de manhã. Após o almoço, o diagnóstico: um cabo do sistema do airbag está com mau contato e levará 30 dias para chegar a peça, vinda da Alemanha. Além do cabo do airbag, também fui informado que será necessário trocar 3 parafusos de um coxim do motorzinho do REx (gerador de energia para as baterias que fornece autonomia adicional) que costumam trincar por causa da má qualidade da pavimentação de nossas ruas.

Peguei o carro no final do dia na concessionária já com uma atualização do firmware e um ajuste na maçaneta da porta traseira esquerda que parecia a propaganda antiga do Prestobarba: a primeira fazia tcham, a segunda fazia tchum e só na terceira tentativa ela abria a porta. Mas ficou perfeita após o ajuste. O melhor foi pegar o carro limpinho, após um belo serviço de lavagem cortesia da concessionária.

Combinei com a Autostar que me avisarão quando a peça chegar para levar o carro novamente e efetuar a substituição. Confesso que fiquei um pouco apreensivo com o defeito, afinal o i3 está com menos de 500 Km rodados. Azar? Espero que sim, pois pretendo ficar um bom tempo com o carro.

 

 

 

 

VW quer ser líder no segmento de carros elétricos

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Depois do “Dieselgate”, em que a Volkswagen assumiu ter manipulado o software de 11 milhões (!) de veículos a diesel para burlar testes de emissão, a montadora sentiu seus resultados caírem drasticamente. Uma das medidas para recuperar o terreno perdido é apostar pesado em carros elétricos.

Nos próximos 10 anos, a VW quer lançar nada menos do que 30 modelos elétricos. A matéria está aqui, no site da BBC (em inglês, sorry): http://www.bbc.com/news/business-36548893

Minha opinião é que a VW está fazendo um movimento de mestre neste xadrez que é o mercado automobilístico: ao investir em veículos elétricos da maneira como estão propondo fazer, a montadora ganha a simpatia de muitos consumidores e dissipa a “nuvem negra” da desconfiança e descrédito causada pelo escândalo do diesel. Belo case de comunicação. Ao mesmo tempo, tenta não dar ainda mais espaço para outras montadoras que estão mais ativas no desenvolvimento de carros elétricos.

É um investimento de risco? Considerando que a Tesla levantou quase U$ 400 milhões vendendo uma promessa, que é a reserva do modelo 3 para entrega a partir do final de 2017, me parece óbvio que existe uma demanda reprimida por este tipo de produto.

Espero que a VW tenha sucesso. Quanto mais carros elétricos no mundo, melhor.

PS: eu sou um dos que apostaram na promessa do Tesla 3. Não me decepcione, Mr. Musk.

Híbridos, elétricos e o rodízio em São Paulo

Entre agosto e setembro do ano passado, a prefeitura de São Paulo tomou duas medidas visando a incentivar a venda de carros híbridos e elétricos: concedeu desconto de 50% no IPVA e isentou os veículos do rodízio veicular. Confira aqui.

E aqui temos a primeira pegadinha. O IPVA é 50% da prefeitura e 50% do governo do estado. Quando a prefeitura anuncia que dá “desconto de 50% no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)”, você pode entender – como eu – que do total do seu IPVA, metade será abatido. Por exemplo: IPVA igual a R$ 1.000. Com 50% de desconto, você paga R$ 500.

Atenção: em um novo post retifico e esclareço a questão da devolução da quota-parte do IPVA. Leia mais aqui.

Nananinanão. A prefeitura deu desconto sobre a sua parte e não sobre o imposto total. Logo, o desconto de 50% é sobre a metade do imposto que pertence à ela. Ou seja, usando o exemplo hipotético acima, sobre os R$ 500. Assim, R$ 1.000 menos R$ 250 (50% sobre a metade que cabe à prefeitura), dá R$ 750 ou um IPVA total de R$ 3% ao invés dos 4% que se paga para veículos emplacados na cidade de São Paulo.

É um desconto louvável, mas de 25% sobre o valor total do IPVA. A boa notícia: no decreto original do prefeito, o desconto se aplicaria apenas a veículos cujo valor máximo fosse de R$ 150 mil. Mas, mesmo custando mais, o i3 foi beneficiado.

(Prezado governador do estado, bem que Vossa Excelência poderia fazer o mesmo, hein?!?)

Um pouco frustrado pelo desconto de 50% sobre 50%, mas conformado, chegou a hora de verificar a isenção  do rodízio veicular. E aí houve desencontro de informações. Primeiro, um vendedor da Autostar, que não foi o que me atendeu, me disse que a equipe de vendas não estava mais falando em isenção de rodízio como argumento de venda, pois isso não estaria acontecendo na prática.

Pedi ao meu vizinho e despachante, Milton, que já emplacou quatro carros meus, que verificasse essa questão junto à CET. Demoraram para responder e a resposta que ele recebeu foi, no mínimo, esdrúxula: a prefeitura não tinha como cadastrar veículos elétricos e híbridos como isentos de rodízio. Assim, eu teria que tomar as multas de rodízio e recorrer, tendo como certo que meus recursos seriam deferidos.

Achei um absurdo e, por sugestão da minha super jornalista e personal PR – e também esposa – Cintia, entrei em contato com a editoria do Jornal do Carro, suplemento do Estadão. Comentei o fato na segunda-feira e a editora-assistente que me atendeu prometeu apurar e dar o retorno sobre se esse assunto seria uma pauta. Dois dias depois, recebo o retorno abaixo do Estadão, preservando os nomes dos meus interlocutores:

Sr. Rodrigo, boa tarde!

A xxxx, nossa editora-assistente, me passou o seu contato. Apuramos junto à Prefeitura de São Paulo que os carros elétricos são identificados automaticamente pelo sistema de multas e não sofrem autuação, ou seja, não levam multas referentes a descumprimento do rodízio municipal – conforme resposta oficial encaminhada abaixo.

Permanecemos à disposição.

Atenciosamente,

xxxxxxx

E aqui está o retorno oficial da prefeitura ao Estadão, que o repassou a mim:

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Como podemos ver, oficialmente tudo está funcionando bem. Amanhã, dia do meu rodízio, vou colocar à prova. Passarei lépido e fagueiro, como diriam nossas avós, por alguns radares inteligentes. E, em breve, teremos um novo post sobre o assunto rodízio veicular. Ou, não.

Por fim, fica aqui meu agradecimento ao pessoal do Estadão pela agilidade na apuração e atenção dedicada ao meu caso. Sou assinante do jornal, ainda mais convicto de que isso vale a pena.

Autonomia e Automatismos

Voltei ao país no sábado pela manhã. E, sem dormir ou descansar, peguei minha mulher e filha e fomos passar o dia numa chácara de amigos em Ibiúna. Festa junina pra lá de boa, com churrasco, doces típicos, vinho quente e bingo.

Durante a semana em que estive fora, monitorei o estado da bateria do i3 pelo APP. Ela permaneceu em 71% todo o tempo. Não baixou nada. Também tinha uma autonomia de uns 90Km usando o Rex (Range Extender, motorzinho de 600 cc que gera energia para as baterias e garante uma autonomia extra).

O fato é que tinha, no total, uma autonomia de pouco mais de 200 km. E, ida e volta, dariam uns 140 Km. Estava um pouco apreensivo para saber se esse número era confiável. E, descobri que a realidade é melhor do que a estimativa: usando o modo ECO PRO+, pois não precisava de ar condicionado e nem passar de 90 km/h, que são algumas das limitações desse modo de condução, o i3 acabou regenerando bastante energia no trajeto devido às frenagens e descidas. Também optei por usar o Rex todo o tempo até chegar lá, preservando a carga da bateria próxima a 70% e consumindo ¾ do combustível disponível.

Pela primeira vez, tive a oportunidade de usar o Piloto Automático Adaptativo (ACC) em um trecho de deslocamento longo, que começou na cidade e continuou pela estrada. O recurso é muito útil: você define a velocidade máxima e, ao ligar, ele mantém a distância para o carro da frente. Há 4 regulagens de distância. Se o carro da frente frear, o i3 freia. Se acelerar, ele acelera. Diferente do piloto automático tradicional, que não funciona abaixo de 30 Km/h, o ACC funciona com o mínimo movimento do carro, até mesmo um mísero 1 km/h. Explico melhor: ao longo de uma rodovia local em Ibiúna havia muitas lombadas. Ao seguir o carro da frete, o i3 freava nas lombadas e, mesmo com 1 km/h, ele retomava a aceleração e mantinha a distância do carro da frente quando esse acelerava novamente. Se, por acaso, o i3 chegar a parar totalmente, basta colocar o veículo em movimento e apertar o Resume no volante que o i3 vai atrás do carro da frente, observando sempre a velocidade máxima estabelecida. É quase um carro semiautônomo. Ao condutor, resta controlar o volante, pois freio e aceleração ficam a cargo do veículo.

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Piloto automático adaptativo (ACC) em ação: se o câmbio automático fazia você esquecer que tinha o pé esquerdo, o ACC faz você esquecer que também  tem o pé direito.  🙂

Chegando à chácara dos nossos amigos, pedi para usar uma tomada 220V que eles têm na pia da cozinha para a torneira elétrica. Levei um rabicho/adaptador com tomada fêmea de 20A. Uso uma extensão bem robusta, começo a dar carga e…o disjuntor desarma. Ligamos o disjuntor e ele desarma de novo. Estava inconsolável até que meus amigos se entregam: estavam me passando um trote, desarmando manualmente o disjuntor.  🙂

Após o susto, deixo o carro carregando, enquanto mostro a novidade aos amigos, todos jipeiros, e apaixonados por carro também. A um certo ponto da conversa, depois de uns 10 a 15 minutos, o i3 começa a piscar as setas e dar um sinal sonoro. Algo estava fora do normal. Nem procurei pelo manual do carro e lembrei que tinha deixado a opção de carregar na tomada sempre no modo máximo. Há três opções: máximo, reduzido e baixo que fazem o carro consumir, respectivamente, 12A, 9A e 6A. Imaginei que usar o máximo numa tomada de 10A deveria ser a causa. Mudei a regulagem para reduzido e tudo voltou ao normal. O carro ficaria carregando numa boa até atingir cerca de 82% de carga, quando a tomada foi requisitada para a torneira elétrica. Prioridades são prioridades: lavar a louça com água gelada, nem pensar.

Ao voltar para São Paulo, resolvi dar algumas aceleradas dirigindo no modo de condução Comfort. É impressionante o torque, que se traduz em arrancadas e retomadas de velocidade vigorosas. O i3 tem um ar futurista, que remete à tecnologia e não à performance. Mas quem acha que ele é xoxo, ilude-se. O carrinho é um foguete. Arisco ao pisar forte no acelerador. E, apesar dos pneus finos, faz curvas muito bem e é muito estável, “na mão” como dizem. Imagino que seja graças à combinação do baixo centro de gravidade proporcionado pelas baterias alocadas abaixo do assoalho com a boa largura da viatura. Depois de matar a vontade de acelerar, voltei a usar a razão, também chamada de modo ECO PRO+.

Optei por voltar à São Paulo usando o Rex para preservar a bateria. Cheguei com uma autonomia de cerca de 30 Km usando gasolina do Rex e mais 80Km da bateria. Ou seja: mesmo sem a recarga parcial feita na chácara, poderia ter ido e voltado com folga. Mas, resolvi abastecer. Com gasolina podium, pois tem a menos exorbitante adição de álcool: são 25% de álcool frente aos 27,5% das demais gasolinas. E ainda chamamos isso de gasolina (!). Entraram 8 litros, num tanque de 9l. Isso me deixou desconfiado. Apesar de estar rodando no ECO PRO+, alguém está enganado: a bomba do posto ou o carro. Se 1 litro permitisse rodar 30Km, o Rex forneceria uma autonomia adicional de 270 quilômetros. E isso non ecxiste, como diria o Pe. Quevedo. Acho que vou ter de trocar de posto de combustível.

PS: não resisti. Na terra do Tio Sam, comprei um i3 de controle remoto, em escala 1/14, por U$ 34.

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Carrinho R/C oficialmente licenciado, com tração traseira (e com diferencial) e acendimento dos fárois e lanternas. Muito legal e barato. Santa Amazon, Batman!

An Electric Baby is Born

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Product Genius Flavio me entregando o i3

Finalmente. Depois de mais de duas semanas em que entreguei meu carro como parte do pagamento e paguei a diferença, recebi meu i3. A demora trouxe um benefício extra, inesperado, mas muito apreciado: recebi de brinde um Wallbox, carregador de parede, Level 2, da BMW. Ao ser faturado em junho, fiquei elegível para a promoção do mês que contemplava o Wallbox. Esse equipamento leva menos do que a metade do tempo do carregador portátil que acompanha o veículo para cargas similares, afinal são 30A versus 12A. E custa mais de R$ 7 mil no Brasil. Obrigado, BMW. Em especial à Karen e Nanci.

Mas, vamos ao grande dia. Faturado na quarta-feira à noite, a Autostar me prometeu entregá-lo na sexta-feira seguinte às 10h. 9h50min estava eu lá na concessionária, de onde só sairia às 11h50min, pois o carro estava passando pelo processo de lavagem e cristalização da pintura. Com o acompanhamento do product genius da BMW, Flavio, até supervisionei um pouco do processo. O Eduardo, responsável pela limpeza cristalização, estava dando um talento especial no meu i3.

Como percebi que não sairia da Autostar antes das 11h, tratei de agilizar tudo o que pudesse. Fiz meu cadastro no sistema Connected Drive da BMW. Com esse cadastro, e um APP instalado no meu Iphone, sou capaz de monitorar a carga do i3, mesmo durante o carregamento, acionar os faróis e tocar a buzina remotamente (muito útil para pessoas que costumam esquecer a vaga em que estacionou o veículo), travar as portas e ,inclusive, programar o ar condicionado para ser ligado em um horário específico.

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Tela real do meu APP. Deixei o i3 carregando no trabalho. Em cerca de 2 horas, foi de 84% para 100% em uma tomada 220V comum.

Cadastro feito, mas o carro ainda passando pelo capricho do Edu, pedi ao Flavio para me mostrar os recursos do modelo num i3 do mostruário. E, depois, num carro de test drive para, entre outras coisas, ligarmos para o serviço de Concierge e aprender a usar os úteis recursos do piloto automático com “Siga-me”, que mantém a distância para o carro da frente, freando ou acelerando se necessário, e, também, o auto parking, que permite ao i3 estacionar sozinho. Esse último recurso é espetacular, mas fica a dica: cuidado ao estacionar em uma vaga com guia rebaixada. O carro pode acabar arranhando a roda na guia rebaixada, justamente porque sua altura é baixa e isso atrapalha a percepção da distância até a guia pelos sensores do veículo. Mas, não é um problema: basta monitorar pelo retrovisor e frear, se necessário.

Durante o passeio guiado com o i3 do test drive, novamente me surpreendi com seu torque e arrancada. Mesmo no modo de condução ECO PRO+, se você pisar no acelerador pra valer, o i3 salta na frente de qualquer carro. E isso é ótimo para uma manobra rápida muitas vezes necessária no caótico trânsito de São Paulo. A contrapartida: você vê o status de carga da bateria diminuir consideravelmente mais rápido.

Ainda sobre a condução o i3, é importante destacar que usar o acelerador é quase como acelerar um carrinho de autorama: se você tira o pé do acelerador, ele vai começar a frear devido ao sistema de regeneração de energia. Mas é fácil de aprender a nova dinâmica na condução. Com poucas dezenas de quilômetros rodados com meu próprio veículo, já estou craque e praticamente não uso mais o pedal do freio para uma condução em condições normais. Imagino que as pastilhas de freio devem durar muito mais do que os demais carros da BMW. Mas isso ainda é algo a ser confirmado.

Voltando à entrega do veículo, às 11h20min ele estava pronto para mim, ainda bem molhado da lavagem em algumas partes internas. Aprendi como carregá-lo numa das Wallbox disponíveis na Autostar. Aliás, esse carro é quase um vídeo game. Ao abrir a tampa das conexões para recarga que, nos modelos 2015 em diante vem com duas opções de “tomadas”, para carregadores tipo Trickle (o tipo que acompanha o carro. Trickle é gotejar em inglês. Deu para perceber que é lento, certo?) ou Level 2 com plug padrão EURO 2 e uma tomada para carregadores rápidos de corrente contínua (DC). Esses carregadores, sempre grandes com gabinetes geralmente monolíticos, conseguem a façanha de carregar 80% da bateria em até 15 minutos. Mas são para uso “comercial”, pois seu preço é alto e exigem uma bela instalação elétrica. Pelo que pesquisei, existe apenas um desses em São Paulo (e talvez no Brasil), que fica num posto da Rodovia dos Bandeirantes próximo à Jundiaí.

Ao espetar o plug do carregador na tomada do i3, ele acende uma moldura no bocal das tomadas, toda em led. E ela troca de cores: laranja, para informar que vai começar o carregamento e azul, acendendo de forma intermitente, para informar que o carregamento está acontecendo. Nesse momento, o i3 trava o plug na sua tomada para evitar que alguém o remova indevidamente. Uma vez terminado o carregamento, que pode ser feito a qualquer momento e com qualquer carga disponível na bateria, basta apertar o botão de destravar portas na chave do i3 que o led do bocal fica branco e você pode remover o plug do carregador com toda segurança.

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Detalhe da vaga para carros elétricos no Shopping Vila Olímpia. Todos os Shoppings da rede Multiplan em São Paulo têm estação de recarga com Wallbox. E não cobram…a recarga. Mas todas ficam na área do Vallet que custa R$ 29 a primeira hora e R$ 9 as demais  😦
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Nesta foto dá pra ver bem o led azul na moldura do bocal das tomadas.
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A primeira recarga já na vaga do prédio em que trabalho. Dá pra ver a tomada normal no lado esquerdo da foto.

Feito o aprendizado do procedimento de recarga, quase na hora de ir embora, o Flavio notou que a roda dianteira direita tinha dois riscos. Um bem fundo e perceptível. Outro product genius que nos acompanhava, o Eduardo (outro, não é o mesmo da lavagem) imediatamente prontificou-se a trocar todo o conjunto roda/pneu com outro de um i3 do mostruário. O Eduardo teve o cuidado, inclusive, de pegar um pneu do mesmo ano de fabricação do meu. Pelo atendimento nota 10, meu muito obrigado ao Eduardo e ao Flavio.

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Roda com risco, que foi prontamente trocada pela Autostar.

Agora, sim. Carro na mão, saio pra comemorar com o pessoal do trabalho, num almoço no sem-frescura, mas delicioso, restaurante Jucalemão, que fica pertinho da Autostar Brooklin. No pequeno trajeto de uns 2 Km, já deu pra sentir que o i3 vai fazer muita gente ficar com torcicolo. Impressionante o quanto ele chama a atenção. E não só pelas suas linhas futuristas, mas porque você não vê esse carro por aí. Por enquanto, é algo bem exclusivo. Espero que essa realidade mude. Não só para o i3, mas para carros de propulsão elétrica em geral.

Na volta ao trabalho, após o almoço, levei 3 colegas de carona. E todos os comentários foram de aprovação. Bom espaço para quem vai atrás, confortável, super silencioso. E, que som da Harman Kardon!!!

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Só alegria. Primeiro rolê com os colegas do trabalho.
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E com direito a selfie. Mas, isso, o i3 não faz pra você.  😉

Pra fechar o dia, vou à Autostar M para agradecer pessoalmente ao Fabio Campos pela paciência que teve comigo. Mais notícias em breve, assim que voltar ao Brasil, depois de uma trip de negócios alucinante da Dinamize na Florida.

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Santa paciência, hein, Fabio?!? Você é o cara!